2 de ago. de 2010

TROPA DE ELITE DE SÃO PAULO SOFRE DOIS ATENTADOS EM MENOS DE 24 HORAS


O quartel da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), na Luz, Centro da capital paulista, foi alvo de um atentado durante a madrugada deste domingo. Segundo informações da tropa de elite da Polícia Militar, um carro com duas pessoas se aproximou do quartel e efetuou cerca de seis disparos contra a parede lateral do prédio.

Um dos ocupantes do automóvel saiu do carro e tentou lançar um coquetel molotov contra a corporação. Houve troca de tiros e o bandido que estava fora do veículo acabou baleado e morreu. O segundo suspeito continua sendo procurado pela polícia.

O atentado ocorreu menos de 24 horas depois que o tenente-coronel Paulo Adriano Telhada, comandante da tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, sofreu um atentado . Há um ano e três meses como comandante da Rota, Telhada admitiu que o atentado foi o primeiro que sofreu desde que está à frente do cargo.

O tenente-coronel foi alvo de atiradores, neste sábado, na porta de casa, na Rua Fábio Ferreira Veloso, na Zona Norte da capital, mas não ficou ferido. Dois homens se aproximaram de carro e dispararam mais de 10 vezes.

- Se fosse uma tentativa de roubo, eles teriam descido ou teriam tentando roubar o carro, mas não. Do jeito que eles chegaram, começaram a atirar. Eles queriam me matar mesmo, mas graças a Deus, não me acertaram -

O atentado ocorreu por volta das 11h da manhã, quando o comandante tirava o carro da garagem.

- Não tive tempo nem de reagir. Acertou o carro, acertou a casa, os carros dos vizinhos, mas não me atingiram - conta o comandante, que já tem pistas dos bandidos, como a placa do carro.

O Governador de São Paulo, Alberto Goldman, não acredita que ataques à PM sejam coordenados. Ele descarta possibilidade de se repetirem ações como em 2006.

- Forças de segurança estão preparadas para 'eventualidade' - diz.

Ainda na capital paulista, pelo menos sete carros foram incendiados em diferentes pontos da Zona Leste , na madrugada deste domingo. Em alguns casos, foram lançadas bombas de coquetel molotov. Todos os carros estavam parados na rua, em frente às casas dos proprietários. Até a manhã deste domingo, a polícia ainda não tinha identificado o autor dos ataques.

FONTE: O Globo



NOTA DO BLOG: Em 2006 a Polícia Militar de São Paulo sofreu uma série de atentados à policiais e bombeiros militares, deixando centenas de pessoas mortas, muitas delas policiais. Os atentados foram promovidos pela organização criminosa denominada Primeiro Comando da Capital (PCC), que tinha, à época dos atentados, como principal líder o Marcola. Na época, ônibus foram incendiados e várias unidades da polícia foram atacadas, vitimando os defensores da segurança. Especula-se que os ataques tenham sido suspensos devido à um acordo entre o governo do Estado de São Paulo e o crime organizado do Estado (PCC). Passados quatro anos, bandidos ousam novamente contra policiais, desta vez da Tropa de Elite do Estado e, aparentemente, sem a articulação do passado. Pode não ser a mesma organização criminosa, mas apenas o fato de bandidos atacarem forças policiais já preocupa, pois vemos o quanto devemos estar preparados para enfrentar as situações de risco que envolvem nossa atividade. Como disse o coronel Telhada em entrevista a uma emissora nacional, "os bandidos vão ser revidados à altura e o crime que vai levar a pior".

Fonte: Sd Gláucia

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