José Anselmo Carvalho, secretário da Searh |
Em entrevista ao Jornal 96, na manhã de hoje (26), Anselmo Carvalho contou que, apesar de ter que lidar com protestos e negociações já na sua primeira semana à frente da Searh, considera o movimento de reivindicação dos servidores legítimo, dizendo ser indiscutível tanto o desânimo percebido nos servidores, quanto a situação financeira caótica na qual se encontra a administração do Rio Grande do Norte.” Conjugar essas situações é que não é fácil. Mas um diálogo permanente e a tentativa de convencimento com argumentos sólidos vai fazer com que haja um entendimento entre servidores e administração estadual”, pondera.
Carvalho lembra que na manhã de ontem (25), ele e o chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, se reuniram com representantes de 10 categorias de servidores estaduais, das administrações direta e indireta. Ele conta que na reunião, os dois secretários reafirmaram dados que já haviam sido apresentados, acerca da situação financeira do Estado, destacando a impossibilidade jurídica em atender o cumprimento dos planos que os servidores tanto almejam. “O cumprimento da lei que reajusta o Plano de Cargos e Salários é condicionado ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O próprio Santino Arruda (presidente do Sinai) confirmou que já sabia que o Estado descumpriu o limite da LRF e o Estado só pode implantar o plano quando não estiver mais nesta situação”, ressalta.
De acordo com o secretário de administração, o Estado está em uma amarra política, sendo obrigado a tomar medidas para equilibrar as finanças e se manter dentro do limite prudencial. Assim, foi dito aos servidores que haverá novas negociações, quando começar a aparecer os resultados do aumento na receita e redução nas despesas. “Manteremos o diálogo, mas agora vamos negociar o quê, se não temos folga fiscal? Só atenderemos aos servidores com dinheiro”, afirma.
Sobre os efeitos da paralisação simultânea de diversas categorias de servidores, Anselmo Carvalho diz que, apesar de parcial, greve sempre provoca transtornos para a população. Como exemplo, o secretário cita a suspensão de aulas em escolas, observando que mesmo com uma pequena quantidade de professores aderindo ao movimento, há danos irreversíveis para os alunos.
Fonte: nominuto.com
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