Aldair Rocha, Secretário de Segurança |
O número de homicídios em Mossoró não para de crescer. Segundo dados estatísticos, apresentados na semana passada, pelo Instituto Técnico e Científico da Polícia (Itep), apenas nesse 1º semestre do ano, a “capital do oeste” já contabilizou 101 homicídios, quantidade equivalente a aproximadamente 90% dos crimes cometidos durante todo o ano de 2010.
E quando comparado o número de homicídios cometidos nos últimos dois anos com os de 2011 a indignação dos mossoroenses se torna ainda maior. Ainda, segundo os dados apresentados, em 2009 ocorreram 39 homicídios; em 2010, 114; e só nesse primeiro semestre já foram registrados 101 homicídios.
E quando comparado o número de homicídios cometidos nos últimos dois anos com os de 2011 a indignação dos mossoroenses se torna ainda maior. Ainda, segundo os dados apresentados, em 2009 ocorreram 39 homicídios; em 2010, 114; e só nesse primeiro semestre já foram registrados 101 homicídios.
Especialistas acreditam que caso o cenário atual não mude, o ano pode fechar com cerca de 200 homicídios, números nunca vistos antes pelos mossoroenses. Equivaleria a um aumento de mais de 500%, no número de homicídios, em apenas dois anos.
Perfil das vítimas
“... dois homens, ainda não identificados, em uma moto, se aproximaram e alvejaram a vítima com vários disparos de arma de fogo, que faleceu no local.
Populares ouviram os disparos e informaram a polícia. Ao chegar, no local, a polícia isolou a área e acionou o Itep para remover o corpo.
Ainda foram realizadas diligências, mas nenhum suspeito foi detido. Segundo relato de populares a vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas ...”
Essa estória ninguém aguenta mais ouvir em Mossoró, isso porque os crimes se tornaram cada vez mais frequentes e com vítimas de perfis semelhantes.
Segundo dados do Itep, as vítimas dos homicídios são, em sua maioria, homens (97%), de 16 a 30 anos (61%), alvejados com vários disparos de arma de fogo (96%).
Outro aspecto observado pelos policiais militares ao chegarem no local é o envolvimento da vítima com o tráfico de drogas.
Perfil das vítimas
“... dois homens, ainda não identificados, em uma moto, se aproximaram e alvejaram a vítima com vários disparos de arma de fogo, que faleceu no local.
Populares ouviram os disparos e informaram a polícia. Ao chegar, no local, a polícia isolou a área e acionou o Itep para remover o corpo.
Ainda foram realizadas diligências, mas nenhum suspeito foi detido. Segundo relato de populares a vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas ...”
Essa estória ninguém aguenta mais ouvir em Mossoró, isso porque os crimes se tornaram cada vez mais frequentes e com vítimas de perfis semelhantes.
Segundo dados do Itep, as vítimas dos homicídios são, em sua maioria, homens (97%), de 16 a 30 anos (61%), alvejados com vários disparos de arma de fogo (96%).
Outro aspecto observado pelos policiais militares ao chegarem no local é o envolvimento da vítima com o tráfico de drogas.
Reação da Polícia Militar
A mega operação da Polícia Militar, denominada “Mossoró da Paz”, ocorrida na 2ª quinzena de maio, realizou ações em vários bairros da periferia da cidade, principalmente aqueles com altos índices de homicídios e tráfico de drogas.
Paralelamente as ações de abordagem a suspeitos e as investidas em locais como bares e zonas de prostituição, a PM montou barreiras itinerantes nos arredores do bairro em que ocorriam as ações.
A operação, coordenada, pessoalmente, pelo Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, contou com a participação de cerca de 200 policiais de diversas especializações da PM – ROCAM, Batalhão de Choque, GTO, e 2º BPM – e foi acompanhada de perto pela cúpula de segurança do Estado, que avaliou, como principal resultado positivo, a ausência do registro de homicídios nos dias em que a operação foi deflagrada.
E ainda, segundo informações do Subsecretário de Segurança Pública, Silva Júnior, está previsto o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) reforçar o patrulhamento na cidade no mês de julho.
Lei do silêncio no ITEP
No último domingo (5) os números estatísticos dos homicídios cometidos em Mossoró, este ano, divulgados pelo Itep à imprensa, foram manchetes nos principais jornais locais.
E ver esses números, negativos, estampados na mídia, provavelmente não tenha agradado ao secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, pois o Itep foi impedido de fornecer qualquer outro dado sobre os homicídios que estão acontecendo na cidade.
O Subsecretário afirmou que a proibição não estava relacionada com as manchetes, mas que seria uma maneira de se trabalhar de forma centralizada com os dados, no combate à violência. E desde então, para se ter acesso aos números, eles devem ser solicitados diretamente à Subcoordenadoria de Análise Criminal, com sede em Natal.
A divulgação dos dados teria causado um desgaste interno na Sesed, e a exoneração do diretor do ITEP de Mossoró, chegou a ser cogitada, mas não se concretizou.
Sesed
Durante uma coletiva, em Mossoró, sobre o esquema de segurança dos festejos juninos na cidade, no último dia 7, o Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Aldair Rocha, aproveitou para abordar alguns aspectos da onda de violência que vem crescendo e tomando conta da cidade.
O Secretário foi enfático em dizer que em 70% dos casos de homicídios ocorridos neste ano, a polícia já tem a identificação dos autores dos crimes e que as providências no sentido de prendê-los estão sendo prejudicadas por causa da greve da Polícia Civil.
Rocha destacou que 93% dos crimes de homicídios cometidos este ano, aconteceram entre os próprios bandidos. E adiantou que as ações voltadas para o combate aos homicídios estão bastante avançadas. Segundo ele, o novo Delegado Geral de Polícia do Estado, Fábio Rogério Silva, é um especialista no assunto e já está trabalhando nesse sentido.
A mega operação da Polícia Militar, denominada “Mossoró da Paz”, ocorrida na 2ª quinzena de maio, realizou ações em vários bairros da periferia da cidade, principalmente aqueles com altos índices de homicídios e tráfico de drogas.
Paralelamente as ações de abordagem a suspeitos e as investidas em locais como bares e zonas de prostituição, a PM montou barreiras itinerantes nos arredores do bairro em que ocorriam as ações.
A operação, coordenada, pessoalmente, pelo Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, contou com a participação de cerca de 200 policiais de diversas especializações da PM – ROCAM, Batalhão de Choque, GTO, e 2º BPM – e foi acompanhada de perto pela cúpula de segurança do Estado, que avaliou, como principal resultado positivo, a ausência do registro de homicídios nos dias em que a operação foi deflagrada.
E ainda, segundo informações do Subsecretário de Segurança Pública, Silva Júnior, está previsto o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) reforçar o patrulhamento na cidade no mês de julho.
Lei do silêncio no ITEP
No último domingo (5) os números estatísticos dos homicídios cometidos em Mossoró, este ano, divulgados pelo Itep à imprensa, foram manchetes nos principais jornais locais.
E ver esses números, negativos, estampados na mídia, provavelmente não tenha agradado ao secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, pois o Itep foi impedido de fornecer qualquer outro dado sobre os homicídios que estão acontecendo na cidade.
O Subsecretário afirmou que a proibição não estava relacionada com as manchetes, mas que seria uma maneira de se trabalhar de forma centralizada com os dados, no combate à violência. E desde então, para se ter acesso aos números, eles devem ser solicitados diretamente à Subcoordenadoria de Análise Criminal, com sede em Natal.
A divulgação dos dados teria causado um desgaste interno na Sesed, e a exoneração do diretor do ITEP de Mossoró, chegou a ser cogitada, mas não se concretizou.
Sesed
Durante uma coletiva, em Mossoró, sobre o esquema de segurança dos festejos juninos na cidade, no último dia 7, o Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Aldair Rocha, aproveitou para abordar alguns aspectos da onda de violência que vem crescendo e tomando conta da cidade.
O Secretário foi enfático em dizer que em 70% dos casos de homicídios ocorridos neste ano, a polícia já tem a identificação dos autores dos crimes e que as providências no sentido de prendê-los estão sendo prejudicadas por causa da greve da Polícia Civil.
Rocha destacou que 93% dos crimes de homicídios cometidos este ano, aconteceram entre os próprios bandidos. E adiantou que as ações voltadas para o combate aos homicídios estão bastante avançadas. Segundo ele, o novo Delegado Geral de Polícia do Estado, Fábio Rogério Silva, é um especialista no assunto e já está trabalhando nesse sentido.
Fonte: nominuto.com
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