
Os presos do terceiro pavilhão da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, se rebelaram no início da tarde desta quarta-feira (16). Os detentos, que reclamam da superlotação das celas e da constante transferência de presos para o local, aproveitaram o dia de visitas íntimas para duas alas, e fizeram alguns visitantes de reféns.
o motivo para a rebelião devem ter sido as medidas "moralizatórias" adotadas pela administração nos últimos meses. "Apertamos o cerco com relação à fiscalização, evitando a circulação de drogas e armamentos na unidade. Além disso, o número de agentes aumentou. Antes, eram 60 e, agora, são mais de 100. Isso deve ter contrariado algum interesse", destacou Leonardo Arruda, secretário estadual da Justiça e Cidadania.
Após cerca de 3h, a rebelião foi controlada no Presídio de Alcaçuz, em Nísia Floresta. A informação foi confirmada pelo major Jair Júnior. Não há registro de mortes. Três detentos ficaram feridos. O tumulto começou no início da tarde desta quarta-feira (16), por volta de 13h30.
De acordo com o major, o três detentos foram feridos por outros presos. Eles são acusados de estupro. Não houve disparos de armas de fogo no local.
Segundo o secretário de Justiça e Cidadania do RN, Leonardo Arruda, os familiares foram utilizados como escudo humano durante a rebelião, e não são consideradas como reféns. "Os próprios detentos defendem a preservação máxima da família, então, eles não estão os fazendo de reféns. São considerados como cúmplices", disse.
Ainda de acordo com o secretário, os detentos já estavam demonstranto insatisfação com as medidas tomadas no presídio. Com o aumento do efetivo de agentes, o aumento do número de revista nas celas e a intensificação da revista corporal e eletrônica, com apoio de detector de metal e raio X, nos visitantes, não agradaram os detentos. "Vamos apurar de toda maneira e tomar as providências cabíveis", afirmou.
Uma mulher identificada como Fabrícia Silva, 26 anos, informou que além do tumulto gerado por uma série de reivindicações, os presos do Pavilhão 3, das Alas A e B, brigaram entre si.
Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) só chegou ao presídio, após 2h30 do ínicio da rebelião.
FONTE: Nominuto e DNonline
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