6 de dez. de 2010

BOPE

O Diário de Natal divulgou no jornal deste domingo, uma matéria especial sobre o Batalhão de Operações Especiais do Rio Grande do Norte:

Veja alguns trechos da Matéria:

O Bope da Polícia Militar do Rio Grande do Norte busca não se deslumbrar com o fenômeno, lembrando-se sempre que o batalhão é, acima de tudo, formado de soldados profissionais, que devem sempre observar técnica e caráter no exercício do combate ao crime.

"Não somos especiais. É apenas uma questão de valores. Existe apenas uma minoria que não se importa com isso. Especiais são todos os policiais.", esclareceu o comandante da unidade, Major Marcos Vinícius.

O êxito das ações empreendidas no Rio de Janeiro na última semana acentuou ainda mais a ideia que o policial do Bope é um herói, conceito combatido pelo comandante perante o grupo. O major explicou que eles trabalham em situações extremas, por isso, precisam ser mais especializados, assim como várias outras unidades da polícia. O comandante diz que se preocupa com a supervalorização da tropa e que toda essa exposição faça as pessoas acreditarem que eles não são passíveis de erros. "A gente fica aqui por princípios herdados da nossa formação. Não aceitamos desonestidade. Não aceitamos corrupção. Se isso é ser diferente, eu não sei", respondeu o capitão André Luiz ao ser questionado por qual motivo ele prefere ficar no Bope, ser mais exigido, e ter o mesmo salário dos outros policiais. O comandante ressalta que o valor monetário não é decisivo. Quem desejar entrar no Bope tem que ser voluntariamente.

O policial que quiser entrar para o Batalhão de Operações Especiais tem que passar pelo curso de Aplicações Táticas, que dura de oito semanas, e o de Operações Especiais com duração de cinco meses. "Ele vai estar habilitado para vir ao Batalhão e depois vamos lapidá-lo. O policial só fica pronto mesmo com quatro anos", enfatizou o major.

De todos que começam o curso, uma média de 40% termina. "Não é para chegar mais do que isso, nem a gente deixa. Prezamos pela qualidade e não pela quantidade. Ficam apenas aqueles que entram com compromisso. O que a gente observa não é se elesabe usar uma arma. Estamos vendo os valores dele. Muitos são excelentes fisicamente, mas não tem um perfil aceitável", declarou Marcos Vinícius.

Mesmo com o defícit de 100 homens, o comandante consegue cumprir suas missões. Porém, reconhece que problemas de efetivo existem em toda PM e que devem ser o motivo da lacuna deixada na escala. O Bope também divide o espaço com outras unidade da corporação, o que de acordo com o major, não interfere no desenvolvimento do trabalho. "Não é apenas comprar um arma, um veículo para o policial trabalhar melhor. Ele que poder assistir melhor sua família. Eu luto pelo meu policial e acho que eles têm que estudar. Alguns até têm cursos nacionais e internacionais, mas não são reconhecidos", opinou sobre a valorização da categoria.

Via: Diário de Natal
Fonte: Cabo Heronides

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